terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A luta contra homofobia

A homofobia não é uma novidade em nossa história desde o desembarque dos “conquistadores”, que trouxeram a Inquisição e suas punições aos que se desviavam da moral sexual oficial.
Tod@s que não corresponderam às expectativas da elite heteronormativa sofreram com as retaliações, preconceitos e discriminação. O primeiro pilar da homofobia inicia-se com a atribuição das relações homoafetivas ao pecado, afirmando apenas que homens e mulheres devem se relacionar – nessa parte da história muit@s foram queimados em fogueiras.
O segundo momento é quando se considera a homossexualidade como crime contra a moral e os bons costumes, levando homossexuais as prisões ou sendo massacrados no holocausto. Finalmente o “homossexualismo” é inserido no Código Internacional de Doenças - CID afirmando o quanto a diversidade é encarada como bizarra e doente. É também nesse período o surto do HIV/AIDS – que foi rapidamente atribuído a “peste gay”, reforçando mais uma vez o quanto a sociedade lida com as questões do diferente.
Somente em 1993 é que se retira do CID e o termo homossexualismo deixa de ser utilizado, pois o sufixo [ismo] corresponde a “doença” e é substituído por homossexualidade que corresponde ao “modo de ser”.
Isso não fez com que a diversidade sexual fosse encarada de uma forma acolhedora, muito pelo contrario, a homofobia foi internalizada e projetada nas mais diversas formas de opressão e repressão.
Os indicadores da violência contra a população LGBT – organizado pelo Grupo Gay da Bahia GGB, continuam crescentes e alarmantes com o aumento da homofobia. Segundo o grupo, o Brasil é o campeão em crimes homofóbicos – a cada um dia e meio uma pessoa LGBT é assassinada no país.
No mundo 76 países ainda consideram a homossexualidade crime, e cinco deles punem não só com a prisão, mas também com a pena de morte.
A luta pelo reconhecimento e pela igualdade de direitos sempre será necessária para superar o conservadorismo que pune e exclui as expressões da diversidade sexual.

Coletivo

DIVERSOU: Valorizando a Diversidade